terça-feira, setembro 21, 2010

Dia Internacional da Paz


DIA INTERNACIONAL DA PAZ, 21 DE SETEMBRO

Era uma vez algumas crianças que tinham um Sonho.
O Sonho delas era que, por Um Dia, apenas um, houvesse paz na Terra.

"Imagine", disse Johnny, "se o mundo experimentasse paz por um dia, talvez a paz prevalecesse."

"Mas há tantas lutas no mundo", disse-lhe Maria, "na nossa casa, nossa vizinhança e entre as nações."

"Sim", acrescentou Amir, "as pessoas não se respeitam, nem respeitam a Terra. Mas, talvez se o mundo tentar se unir por Um Dia, tudo possa mudar."

"Você acha que isso é possível?", perguntou Wei-Ling. "Você crê que o mundo deixaria de guerrear até mesmo por Um Dia?"

"Será que isso já aconteceu antes?", perguntou Kwanza. "Vocês sabem?"

"Eu já li uma porção de livros de História", disse Maya, "e todos eles falam de guerra, sobre uma nação conquistando outra nação, ou um grupo de pessoas ferindo outro grupo."

"Isso mesmo e parece que não importava quais fossem as razões", acrescentou Wei-Ling que, como as outras crianças, era bastante esperta para sua idade.

"O que faremos então?", perguntou José.

"Somos apenas crianças. Quem nos ouvirá? Os adultos sempre agem como se soubessem de tudo.", disse Ali.

"Mas qual foi a última vez que uma criança começou uma guerra?", indagou Kwanza.

"Você está certo", falou Maya, "não há nada na História que prove que uma criança começou uma guerra."

"Se isso é verdade", respondeu Maria, "talvez as crianças possam se unir para trazer a Paz Mundial! E então, unidas, as pessoas poderiam trabalhar em prol de uma vida mais justa para todos."

"Mas como faremos isso?", perguntou Ali. "Quem nos dará ouvidos?"

"Nossos pais nos ouvirão", disse Wei-Ling.

"E também nossa família e parentes", acrescentou Maya, que tinha muitos irmãos e um grande número de primos e tios.

"E outras crianças, elas nos darão ouvidos", falou Amir. "Afinal, falamos a mesma língua."

"Mas como faremos tudo isso?", clamou Kwanza. "Como criaremos um dia de paz?"

"Nós colocaremos na TV", respondeu Maya, "e anunciaremos no rádio."

"Escreveremos uma carta ao Presidente", acrescentou José.

"Acho que deveríamos pedir às Nações Unidas", disse Johnny. "Assim, o mundo inteiro teria conhecimento da nossa idéia de consagrarmos um dia à paz mundial. Mas que dia seria esse?"

"Espere um segundo, meninos", exclamou Ali. "Eu acho que já existe um dia consagrado à paz na Terra pelas Nações Unidas."

"Você está certo, Ali!", sorriu Maria. "Lembro-me que, quando fomos na excursão às Nações Unidas, ouvimos falar do Dia Internacional da Paz. Acho que é no Outono..."

"21 de Setembro!", gritou Ali. "Exatamente! O Dia Internacional da Paz já existe há anos, mas poucas pessoas ouviram falar dele..."

"Que tal se as crianças do mundo inteiro ajudassem a fazer do dia 21 de Setembro o maior Dia de Paz que já existiu?!", sugeriu Wei-Ling.

"Combinado!", declararam todos.

As crianças verificaram o Dia Internacional da Paz na Internet e descobriram que estavam certas. A Assembléia Geral das Nações Unidas havia passado uma Resolução pedindo ao mundo inteiro para realizar um Cessar Fogo Global e um dia de paz mundial nos lares, na comunidades e entre as nações, no dia 21 de Setembro. Imediatamente, as crianças começaram a trabalhar na campanha da paz mundial.

No princípio, a campanha começou pequena, com as crianças conversando com alguns amigos na escola e na vizinhança.

A seguir, espalhou-se por uma outra escola e mais outra. Mais e mais pessoas estavam falando sobre o "Dia Internacional da Paz, a 21 de Setembro" e o que poderiam fazer para celebrá-lo e contribuir a fim de que o Cessar Fogo Global fosse uma realidade.

Na escola de Maya, eles realizaram um concurso de cartazes sobre o "Dia Internacional da Paz, a 21 de Setembro". A escola de Kwanza realizou um concurso de redação.

A classe de Amir criou um Clube do Dia Internacional da Paz. Eles pediram ao Prefeito para declarar uma Proclamação da Paz a 21 de Setembro. Depois, escreveram ao Governador e pediram-lhe que declarasse uma Proclamação. Repórteres dos jornais, rádio e TV compareceram à escola para ver o Governador apresentar uma Proclamação oficial do Dia Internacional da Paz.

Este acontecimento fez com que a escola inteira se envolvesse. Eles escreveram a seguinte carta aos líderes de mais de 191 nações:

"Prezado Presidente" ou "Prezado Primeiro Ministro" ou "Prezado Rei" ou "Prezada Rainha", conforme fosse o caso. "Nós, crianças de todo o mundo, estamos cansadas de tantas guerras, mortes e sofrimento. Por favor, apoie o Cessar Fogo Global no Dia Internacional da Paz e junte-se aos povos celebrando o dia 21 de Setembro como um dia de paz nos lares, nas comunidades e entre as nações. Muito obrigado e Que a Paz Prevaleça na Terra."

A notícia da campanha do "Dia Internacional da Paz, a 21 de Setembro" começou a se espalhar.

Maria e sua irmã mais velha, Juanita, montaram uma página na Internet e, rapidamente, começaram a receber, no computador, mensagens de todas as partes do mundo.

Elas receberam mensagens de pessoas da Costa Rica, Bangladesh, Filipinas, Holanda, Inglaterra, Austrália e até de países que nunca tinham ouvido falar como, por exemplo, Kiribati.

Os novos amigos da Internet concordaram em espalhar a mensagem sobre o Dia Internacional da Paz a 21 de Setembro entre todas as pessoas que conhecessem.

Cartas e emails começaram a chegar aos montes. Eles receberam mensagens de atores e cantores famosos, de líderes empresariais e vencedores do Prêmio Nobel. Todos disseram que ajudariam a espalhar a notícia do Dia Internacional da Paz e do Cessar Fogo Global.

Eles receberam cartas de Presidentes e Primeiros Ministros que prometeram que suas nações respeitariam o Cessar Fogo Global e celebrariam o dia em paz.
Essas crianças acreditaram num mundo melhor para todos nós.
Elas começaram em suas casas, ajudando a levar a paz a suas famílias, bairros, cidades, espalhando a notícia de um para outro.

Alguns organizaram feiras da paz, festivais e assembléias. Outros estabeleceram postes da paz que traziam a mensagem "Que a Paz Prevaleça na Terra" em vários idiomas. Alguns plantaram jardins da paz. Em toda parte, unidas, as pessoas colaboravam para construir laços de comunidade e pontes de entendimento. A campanha pelo primeiro dia de paz da humanidade cresceu e espalhou-se por todo o mundo.

Este ano, com sua ajuda, o dia 21 de Setembro será o maior Dia da Paz que já existiu. Cada um de nós pode fazer a diferença!

Use sua criatividade para ajudar a compartilhar o espírito da paz no dia 21 de Setembro... o que você pode fazer em sua casa, sua cidade, seu país?

Lembre-se, a Paz é mais do que a ausência de guerra. É aprender a respeitar a si próprio, os outros e o planeta que compartilhamos. A Paz começa com cada um de nós, UM DIA de cada vez...

Que a Paz Prevaleça na Terra!

Fonte: www.curaplanetaria.com.br
CHIEF SEATTLE



 Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz já mais de cento e cinquenta anos. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. A carta:

Como podeis comprar ou vender o céu, a tepidez do chão? A idéia não tem sentido para nós.

Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, qualquer praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.


Os mortos do homem branco esquecem a terra de seu nascimento, quando vão pervagar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os gamos, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia vital do pônei e do homem, tudo pertence a uma só família.

Assim, quando o grande chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O grande Chefe manda dizer que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente por nós mesmos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Se é assim, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Mas tal compra não será fácil, já que esta terra é sagrada para nós. 


A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vos vendermos a terra, tereis de lembrar a nossos filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos e fases da vida do meu povo. O marulhar das águas é a voz dos nossos ancestrais. 

Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede. Levam as nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra a vós, deveis vos lembrar e ensinar a nossas crianças que os rios são nossos irmãos, vossos irmãos também, e deveis a partir de então dispensar aos rios a mesma espécie de afeição que dispensais a um irmão.

Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser. Para ele um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece.


Trata a sua mãe, a terra, e seus irmãos, o céu como coisas a serrem comprados ou roubados, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. Isso eu não compreendo. Nosso modo de ser é completamente diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer aos olhos do homem vermelho.

Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e como tal, nada possa compreender.

Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender. 

O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfrolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume dos pinhos.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vos vendermos nossa terra, deveis vos lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O ar que vossos avós inspiraram ao primeiro vagido foi o mesmo que lhes recebeu o último suspiro. 

Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas flores dos bosques.

Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: O homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos. 

Sou um selvagem e não compreendo de outro modo. Tenho visto milhares de búfalos a apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento.

Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.

Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morreria de solidão espiritual. Porque tudo isso pode cada vez mais afetar os homens. Tudo está encaminhado.

Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza a as cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, está cuspindo sobre si mesmo.

De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; O homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra. O homem não tece a teia da vida: É antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio. 

Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha e com quem conversa como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Talvez, apesar de tudo, sejamos todos irmãos.

Nós o veremos. De uma coisa sabemos, é que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: Nosso Deus é o mesmo deus. Podeis pensar hoje que somente vós o possuis, como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho. 

Esta terra é querida dele, e ofender a terra é insultar o seu criador. Os brancos também passarão talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocareis numa noite no meio de vossos próprios excrementos. 

Mas no nosso parecer, brilhareis alto, iluminado pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum favor especial vos outorgou domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último búfalo for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes. 

Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. O fim do viver e o início do sobreviver.

Fonte: www.culturabrasil.org






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