terça-feira, agosto 30, 2011

A busca inconsciente pelo sofrimento



Todos nós, conscientemente, dizemos querer uma vida melhor e mais feliz. No nível racional é o que surge nos nossos pensamentos. Desejamos melhores relacionamentos familiares, crescimento profissional e mais saúde física e emocional. Entretanto, se pararmos para pensar um pouco sobre nossas atitudes, percebemos que fazemos ou deixamos de fazer várias coisas que acabam nos trazendo sofrimento.

Muitas vezes é fácil detectar esses comportamentos. É só você observar seus hábitos. Você se alimenta da forma que sabe que é melhor? Pratica exercícios de forma regular como sabe que deveria? Tem algum vicio que sabe que é nocivo, mas não consegue parar (cigarro, bebida, jogo, chocolate e etc...)? Procura estudar e fazer o possível para crescer profissionalmente e ter uma vida financeira cada vez mais confortável sem precisar morrer de trabalhar? Você consegue selecionar amizades e relacionamentos saudáveis ou se pega em relações que trazem muitas vezes prejuízos emocionais e simplesmente não consegue se afastar? Se você sabe racionalmente que poderia fazer muitas coisas (muitas delas simples, fáceis e gratuitas) para melhorar a sua vida, porque você simplesmente não faz?

De uma forma ou de outra, em maior ou menor grau, todos nós buscamos de forma inconsciente, situações que nos fazem sofrer. Seja trabalhar demais, seja um relacionamento que não é saudável, seja o não cuidar da saúde física e da alimentação. Se não houvesse essa busca inconsciente pelo sofrimento faríamos tudo para melhorar nossas vidas de forma fácil, intuitiva e sem qualquer esforço. Mas não é isso que observamos na maioria das pessoas. Existe algo que nos leva numa direção a qual não queremos no nível consciente. Lutamos para ser diferente, mas muitas vezes não conseguimos.

De onde será que vem essa força interior negativa que nos faz procrastinar, que nos leva para vícios e comportamentos nocivos, que nos faz perder oportunidades e criar sofrimento?  Tudo isso vem da negatividade acumulada, do nosso sofrimento interior já existente. São sentimentos negativos que temos guardados (conscientes e inconscientes). O nosso sofrimento interior deseja se alimentar de mais sofrimento. As emoções negativas que carregamos são viciadas em si mesmas, querem se perpetuar, crescer e tomar conta das nossas vidas.

Essa força negativa nos sabota de uma forma muitas vezes silenciosa. Sentimos preguiça de fazer certas coisas que sabemos que são boas e uma vontade irresistível de fazer outras que não são saudáveis.

Os sentimentos mal resolvidos que carregamos (raivas, mágoas, perdas, medos, frustrações, tristeza e etc...) agem como se fossem entidades individuais que querem sobreviver. Eles precisam se alimentar e fazem isso influenciando nosso pensamento e ações.

Cada sentimento individual busca criar situações ou interpretá-las de forma distorcida para que mais daquele sentimento seja criado. Os sentimentos geram pensamentos negativos que influenciam nossas ações, gerando resultados negativos que alimentam mais pensamentos e geram mais ações, em um circulo vicioso.

Observe quando você está com raiva. Ao lembrar-se da situação onde a raiva foi gerada surge mais raiva. Um diálogo interior é criado e intensifica o sentimento: ‘aquele palhaço, quem ele pensa que é...’; ‘é um absurdo o que aconteceu’; ‘um dia eu dou o troco’... É possível até que a sua mente crie cenas e frase que nem foram ditas na situação real e que fazem você se sentir mal. É a própria raiva buscando se alimentar e crescer, o que certamente nos traz um sofrimento que dizemos não desejar para nossas vidas.

Em outras situações, aquela raiva guardada vai novamente emergir e tornar nossas reações cada vez mais intensas e improdutivas. Talvez um lado seu diga pra você deixar aquilo de lado e as vezes até você consegue. Mas a raiva pode ser bastante convincente e se perpetuar por muitos anos. É bastante comum tratar pessoas que guardam sentimentos negativos de coisas que ocorreram há anos, até mesmo na infância. Todos nós guardamos na verdade, varia apenas a intensidade.

Juntando vários sentimentos negativos guardados, eles se conectam e criam um time, uma força interior negativa extremamente sabotadora. Cada emoção, viciada em criar mais de si mesma, influencia de forma silenciosa e profunda nossos pensamentos e ações. Sem que a gente se dê conta, criamos conflitos, escolhemos mal os relacionamentos e nos causamos todo tipo de problema, embora o nosso desejo consciente seja o de criar uma vida mais feliz.
Algumas pessoas ao se darem conta dos sentimentos negativos e de como eles são sabotadores começam a brigar consigo mesmas. Certamente isso não ajuda e acaba criando mais sofrimento. O que devemos fazer então?

A coisa que considero como mais importante nessa vida, é reconhecer, aceitar, limpar, e dissolver a negatividade que guardamos. Daí a importância de uma técnica como a EFT. Conseguimos varrer do nosso sistema energético, de forma consistente e profunda, as emoções guardadas. Imagine então o que aconteceria com você ao limpar negatividade acumulada ao longo de uma vida: raivas, mágoas, traumas, medos, rejeição, abandono, culpa e etc... Através da auto aplicação do método é possível conseguir grandes benefícios.

Ao fazer isso estamos dissolvendo o corpo emocional sabotador. Passamos a ser mais positivos e tomar atitudes melhores sem precisar de esforço pra isso. Tudo flui de uma forma mais tranqüila e natural. É como se você fosse soltando pesadas âncoras que antes você nem sabia que estavam travando a sua vida. Melhora-se a autoestima, diminui-se a ansiedade e tudo isso se refletirá de forma positiva em todos os aspectos.

Essa limpeza emocional deveria ser a meta primordial de qualquer pessoa. Não ter tempo pra isso é a maior perda de tempo e causa grandes prejuízos. Esse corpo emocional sabotador certamente irá influenciar para que você não tome atitudes para dissolvê-lo. É preciso ficar atento e ter uma dose de força de vontade para não cair nessa armadilha.  É um processo profundo, que vai exigir uma certa dose de comprometimento consigo mesmo e de persistência, mas quem o fizer será certamente recompensado com enormes benefícios.

Texto escrito por André Lima - www.eftbr.com.br



quarta-feira, agosto 10, 2011

A SABEDORIA QUE JÁ VIVE EM NÓS



Nenhum destes pontos é uma aspiração espiritual; são fatos da vida quotidiana, ao nível das suas células.

1- Objetivo mais elevado:

Cada célula do seu corpo aceita trabalhar para o bem-estar do todo; o seu bem-estar individual surge em segundo lugar. Se necessário, morre para proteger o corpo e muitas vezes assim é - o tempo de vida de qualquer célula é uma fração do nosso próprio tempo de vida. As células da pele morrem aos milhares, a cada hora, o mesmo acontecendo com as células imunológicas que combatem os micróbios invasores. O egoísmo não constitui uma opção, mesmo que se trate da própria sobrevivência de uma célula.

2- Comunhão:

Uma célula mantém-se em contato com todas as outras células. As moléculas mensageiras acorrem a toda a parte para comunicar aos recantos mais afastados do corpo qualquer desejo ou intenção, por mais tênue que seja. Retrair-se e recusar-se a comunicar não constituem opções.

3- Consciência:

As células adaptam-se, momento a momento. Mantém-se flexíveis para poderem responder a situações imediatas. Ficar preso a hábitos rígidos não constitui uma opção.

4- Aceitação:

As células reconhecem-se umas as outras como igualmente importantes. Cada função do corpo é interdependente de todas as outras. Desempenhá-la sozinho não constitui opção.

5- Criatividade:

Embora cada célula tenha um conjunto de funções únicas (as células do fígado, por exemplo, podem desempenhar cinqüenta tarefas diferentes), estas conjugam-se de formas criativas. Uma pessoa pode digerir alimentos que nunca comeu antes, ter pensamentos que nunca lhe ocorreram, dançar de uma forma que nunca antes se viu. Agarrar-se a um velho comportamento não constitui opção.

6- Ser:

As células obedecem ao ciclo universal de repouso e atividade. Embora este ciclo se expresse de muitas formas, como as flutuações dos níveis hormonais, da pressão arterial e dos ritmos digestivos, a expressão mais óbvia é o sono. Por que razão precisamos dormir continuamente e ser um mistério para a medicina e, no entanto, surge a disfunção total se não gozarmos dos seus benefícios. No silêncio da inatividade, o futuro do corpo está em incubação. Ser obsessivamente ativo ou agressivo não constitui uma opção.

7- Eficiência:

As células funcionam com o mínimo gasto possível de energia. Por norma, uma célula armazena apenas três segundos de alimento e oxigênio dentro da sua membrana celular. Confia plenamente em que tomarão conta dela. Um consumo excessivo de alimentos, ar ou água não constitui uma opção.

8- Ligação:

Devido à sua herança genética comum, as células sabem que são fundamentalmente iguais. O fato das células do fígado serem diferentes das do coração e das células musculares serem diferentes das cerebrais, não nega a sua identidade comum e esta é imutável. Em laboratório, uma célula muscular pode ser transformada geneticamente numa célula cardíaca recorrendo à sua fonte comum. As células saudáveis permanecem ligadas à sua fonte independentemente do número de vezes que se dividam. Para elas, ser um proscrito não constitui uma opção.

9- Dar:

A atividade primária das células é dar, o que mantém a integridade de todas as outras células. Um empenhamento total em dar torna automático o receber - e a outra metade do ciclo natural. O açambarcamento não constitui uma opção.

10- Imortalidade:

As células reproduzem-se para transmitirem os seus conhecimentos, experiência e talentos, não escondendo nada dos seus descendentes. É um tipo de imortalidade prática, submetendo-se à morte, no plano físico, mas derrotando-a, no plano não físico. O fosso entre as gerações não constitui uma opção.

Quando olho para tudo o que as minhas células aceitaram, será que não se trata de um pacto espiritual, em todos os sentidos da expressão? A primeira qualidade, procurar um objetivo mais elevado, é a mesma que as qualidades espirituais de renúncia e altruísmo.

Dar é o mesmo que devolver a Deus o que é de Deus. Imortalidade é o mesmo que a crença na vida depois da morte.
Todavia, os rótulos adaptados pela mente não constituem uma preocupação do meu corpo.

Para o meu corpo, estas qualidades são pura e simplesmente o modo como funciona a vida. São o resultado da expressão da inteligência cósmica, ao longo de bilhões de anos, como biologia. O mistério da vida foi paciente e cuidadoso no processo de permitir que emergisse todo o seu potencial. Mesmo agora, o acordo tácito que mantém o meu corpo coeso produz a sensação de um segredo porque, segundo todas as aparências, esse acordo não existe.

Mais de duzentos e cinqüenta tipos de células desempenham as suas funções diárias: as cinqüenta funções que uma célula hepática desempenha são totalmente únicas, não se sobrepondo às funções das células musculares, renais, cardíacas ou cerebrais - todavia, seria catastrófico se uma só dessas funções estivesse comprometida.

O mistério da vida encontrou uma forma de se expressar perfeitamente através de mim.

Reveja uma vez mais a lista das qualidades e preste atenção a tudo o que é referido como "não constituindo uma opção":  egoísmo, recusa em comunicar, viver como um proscrito, consumo excessivo, atividade obsessiva e agressão.

Se as nossas células não se comportam desta forma, porque o fazemos?

Porque é que a ganância é boa para nós e, no entanto, significa a destruição, ao nível das nossas células, onde a ganância é o erro cometido pelas células cancerosas?

Porque permitimos que o consumo excessivo conduza a uma obesidade epidérmica, quando as nossas células medem ao nível da molécula o combustível que consumimos?

Como pessoas, ainda não renunciamos ao comportamento que mataria os nossos corpos num dia. Estamos traindo a nossa sabedoria corporal e, o que é pior, estamos ignorando o modelo de uma vida perfeita que existe dentro de nós.”

Fonte: O livro dos Segredos, Deepak Chopra, 2005 -  www.chopra.com   

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