domingo, dezembro 11, 2011

FELIZ NATAL !

Desejo a Todos...

Vi um caminhão cheio de árvores de Natal e cada uma tinha uma história para contar. 
O motorista colocou-as em fila e ficou à espera que as pessoas as viessem comprar. 
Pendurou umas luzinhas brilhantes e uma placa em que se podia ler em encarnado: 
ÁRVORES DE NATAL PARA VENDER.

Quando o homem se servia de chocolate quente duma garrafa térmica fumegante, 
uma mãe, um pai e um menino pararam o carro apressados
e começaram a procurar a árvore mais bonita de todas.

O rapazinho ia à frente e com um olhar reluzente, exclamou:

- Elas têm cheiro de Natal, mãe! Sinto o cheiro de Natal em todo lado.
Vamos comprar uma árvore de quilômetros de altura.
A maior que pudermos encontrar. 
Uma árvore que chegue ao teto e nem dê para carregar. 
Uma árvore tão grande que até mesmo o Pai Natal, quando olhar, se admire e diga:
"Esta é a árvore mais bela que já vi neste Natal!”

Para achar o pinheirinho perfeito procuraram com muito cuidado.
Aqui e ali, e até mais de uma vez, o pai examinou e balançou mais de seis.

- Mãe, mãe, encontrei, encontrei, o pinheirinho do que mais gostei!
Tem um raminho partido, mas pode ficar disfarçado.
Do anjinho da avó tiraremos o pó e lá no alto ficará a guardar-nos. 
Podemos comprá-la? Por favor, por favor! - pediu com fervor.

- Que.tal um chocolate quente? - perguntou o vendedor indulgente, enquanto abria o termo para aquela gente. Isto sim vai aquecer o ambiente!

E em três pequenos copos de papel serviu o chocolate quente.
Brindavam esperançosos, a mais um feliz Natal.

- Escolheste muito bem. Este é realmente o melhor pinheirinho. 
Feliz Natal - disse o homem, amarrando o pinheiro com um cordão!
Mas o rapazinho estava triste porque o preço era alto demais
para o que o pai pudesse pagar.

Foi então que o vendedor lhe fez uma proposta:

- A árvore é tua com uma condição: tens de manter uma promessa.
Na noite de Natal, quando te fores deitar e rezar,
promete guardar no teu coraçãozinho o encanto do Dia de Natal!
E agora corre para casa, senão este vento gelado as tuas bochechas vai queimar. 

E assim foi, com o vento zunindo, durante toda a noite gelada. 
O bom homem ofereceu árvore, após árvore, após árvore.
Com cada pessoa que apareceu brindou com o chocolate quente.
E quem jurou manter a promessa de guardar no coração o encanto do Natal, 
saiu na noite contente, cantando canções alegremente.

Quando tudo acabou só uma árvore restou.
Mas ninguém estava lá para esta árvore adotar.
Então, o homem vestiu o seu grosso casacão e partiu para a floresta
com a última árvore da festa.
Deixou o pinheirinho perto de um pequeno riachinho,
para que as criaturas sem casa pudessem fazer dela a sua morada.
E sorria enquanto tirava os flocos de neve que na sua barba encontrava.

Foi então, que por detrás de um arbusto, uma rena quase lhe pregou um susto.
Olhou para ela e sorriu.

Fazendo uma festinha na grande criatura, pensou com brandura:

"Parece que o Natal chegou novamente!
Ainda temos muito chão e muitas coisas para fazer!
Vamos para casa, amiga, trabalhar neste Natal que vai começar".

Olhou para o céu, ouviu os sinos a tocar e, num pestanejar,
já lá não estava o vendedor. 

Howard D. Fencl












segunda-feira, outubro 24, 2011

CONCURSO TOPBLOG 2011




Amigos,

Este blog foi classificado no 2º. Turno do CONCURSO TOPBLOG 2011 - CATEGORIA SAÚDE e está mais uma vez entre os 100 finalistas.

Muito obrigada a todos que votaram, prestigiando este trabalho e, por favor,  podem continuar VOTANDO!


Espero ver vocês sempre por aqui.

Beijos de Luz a todos.













domingo, setembro 11, 2011

Se não quiser adoecer...


Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"

Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie"

Quem não confia não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva SEMPRE triste!"

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.
 “O bom humor nos salva das mãos do doutor".
Alegria é saúde e terapia.


Drauzio Varella

terça-feira, agosto 30, 2011

A busca inconsciente pelo sofrimento



Todos nós, conscientemente, dizemos querer uma vida melhor e mais feliz. No nível racional é o que surge nos nossos pensamentos. Desejamos melhores relacionamentos familiares, crescimento profissional e mais saúde física e emocional. Entretanto, se pararmos para pensar um pouco sobre nossas atitudes, percebemos que fazemos ou deixamos de fazer várias coisas que acabam nos trazendo sofrimento.

Muitas vezes é fácil detectar esses comportamentos. É só você observar seus hábitos. Você se alimenta da forma que sabe que é melhor? Pratica exercícios de forma regular como sabe que deveria? Tem algum vicio que sabe que é nocivo, mas não consegue parar (cigarro, bebida, jogo, chocolate e etc...)? Procura estudar e fazer o possível para crescer profissionalmente e ter uma vida financeira cada vez mais confortável sem precisar morrer de trabalhar? Você consegue selecionar amizades e relacionamentos saudáveis ou se pega em relações que trazem muitas vezes prejuízos emocionais e simplesmente não consegue se afastar? Se você sabe racionalmente que poderia fazer muitas coisas (muitas delas simples, fáceis e gratuitas) para melhorar a sua vida, porque você simplesmente não faz?

De uma forma ou de outra, em maior ou menor grau, todos nós buscamos de forma inconsciente, situações que nos fazem sofrer. Seja trabalhar demais, seja um relacionamento que não é saudável, seja o não cuidar da saúde física e da alimentação. Se não houvesse essa busca inconsciente pelo sofrimento faríamos tudo para melhorar nossas vidas de forma fácil, intuitiva e sem qualquer esforço. Mas não é isso que observamos na maioria das pessoas. Existe algo que nos leva numa direção a qual não queremos no nível consciente. Lutamos para ser diferente, mas muitas vezes não conseguimos.

De onde será que vem essa força interior negativa que nos faz procrastinar, que nos leva para vícios e comportamentos nocivos, que nos faz perder oportunidades e criar sofrimento?  Tudo isso vem da negatividade acumulada, do nosso sofrimento interior já existente. São sentimentos negativos que temos guardados (conscientes e inconscientes). O nosso sofrimento interior deseja se alimentar de mais sofrimento. As emoções negativas que carregamos são viciadas em si mesmas, querem se perpetuar, crescer e tomar conta das nossas vidas.

Essa força negativa nos sabota de uma forma muitas vezes silenciosa. Sentimos preguiça de fazer certas coisas que sabemos que são boas e uma vontade irresistível de fazer outras que não são saudáveis.

Os sentimentos mal resolvidos que carregamos (raivas, mágoas, perdas, medos, frustrações, tristeza e etc...) agem como se fossem entidades individuais que querem sobreviver. Eles precisam se alimentar e fazem isso influenciando nosso pensamento e ações.

Cada sentimento individual busca criar situações ou interpretá-las de forma distorcida para que mais daquele sentimento seja criado. Os sentimentos geram pensamentos negativos que influenciam nossas ações, gerando resultados negativos que alimentam mais pensamentos e geram mais ações, em um circulo vicioso.

Observe quando você está com raiva. Ao lembrar-se da situação onde a raiva foi gerada surge mais raiva. Um diálogo interior é criado e intensifica o sentimento: ‘aquele palhaço, quem ele pensa que é...’; ‘é um absurdo o que aconteceu’; ‘um dia eu dou o troco’... É possível até que a sua mente crie cenas e frase que nem foram ditas na situação real e que fazem você se sentir mal. É a própria raiva buscando se alimentar e crescer, o que certamente nos traz um sofrimento que dizemos não desejar para nossas vidas.

Em outras situações, aquela raiva guardada vai novamente emergir e tornar nossas reações cada vez mais intensas e improdutivas. Talvez um lado seu diga pra você deixar aquilo de lado e as vezes até você consegue. Mas a raiva pode ser bastante convincente e se perpetuar por muitos anos. É bastante comum tratar pessoas que guardam sentimentos negativos de coisas que ocorreram há anos, até mesmo na infância. Todos nós guardamos na verdade, varia apenas a intensidade.

Juntando vários sentimentos negativos guardados, eles se conectam e criam um time, uma força interior negativa extremamente sabotadora. Cada emoção, viciada em criar mais de si mesma, influencia de forma silenciosa e profunda nossos pensamentos e ações. Sem que a gente se dê conta, criamos conflitos, escolhemos mal os relacionamentos e nos causamos todo tipo de problema, embora o nosso desejo consciente seja o de criar uma vida mais feliz.
Algumas pessoas ao se darem conta dos sentimentos negativos e de como eles são sabotadores começam a brigar consigo mesmas. Certamente isso não ajuda e acaba criando mais sofrimento. O que devemos fazer então?

A coisa que considero como mais importante nessa vida, é reconhecer, aceitar, limpar, e dissolver a negatividade que guardamos. Daí a importância de uma técnica como a EFT. Conseguimos varrer do nosso sistema energético, de forma consistente e profunda, as emoções guardadas. Imagine então o que aconteceria com você ao limpar negatividade acumulada ao longo de uma vida: raivas, mágoas, traumas, medos, rejeição, abandono, culpa e etc... Através da auto aplicação do método é possível conseguir grandes benefícios.

Ao fazer isso estamos dissolvendo o corpo emocional sabotador. Passamos a ser mais positivos e tomar atitudes melhores sem precisar de esforço pra isso. Tudo flui de uma forma mais tranqüila e natural. É como se você fosse soltando pesadas âncoras que antes você nem sabia que estavam travando a sua vida. Melhora-se a autoestima, diminui-se a ansiedade e tudo isso se refletirá de forma positiva em todos os aspectos.

Essa limpeza emocional deveria ser a meta primordial de qualquer pessoa. Não ter tempo pra isso é a maior perda de tempo e causa grandes prejuízos. Esse corpo emocional sabotador certamente irá influenciar para que você não tome atitudes para dissolvê-lo. É preciso ficar atento e ter uma dose de força de vontade para não cair nessa armadilha.  É um processo profundo, que vai exigir uma certa dose de comprometimento consigo mesmo e de persistência, mas quem o fizer será certamente recompensado com enormes benefícios.

Texto escrito por André Lima - www.eftbr.com.br



quarta-feira, agosto 10, 2011

A SABEDORIA QUE JÁ VIVE EM NÓS



Nenhum destes pontos é uma aspiração espiritual; são fatos da vida quotidiana, ao nível das suas células.

1- Objetivo mais elevado:

Cada célula do seu corpo aceita trabalhar para o bem-estar do todo; o seu bem-estar individual surge em segundo lugar. Se necessário, morre para proteger o corpo e muitas vezes assim é - o tempo de vida de qualquer célula é uma fração do nosso próprio tempo de vida. As células da pele morrem aos milhares, a cada hora, o mesmo acontecendo com as células imunológicas que combatem os micróbios invasores. O egoísmo não constitui uma opção, mesmo que se trate da própria sobrevivência de uma célula.

2- Comunhão:

Uma célula mantém-se em contato com todas as outras células. As moléculas mensageiras acorrem a toda a parte para comunicar aos recantos mais afastados do corpo qualquer desejo ou intenção, por mais tênue que seja. Retrair-se e recusar-se a comunicar não constituem opções.

3- Consciência:

As células adaptam-se, momento a momento. Mantém-se flexíveis para poderem responder a situações imediatas. Ficar preso a hábitos rígidos não constitui uma opção.

4- Aceitação:

As células reconhecem-se umas as outras como igualmente importantes. Cada função do corpo é interdependente de todas as outras. Desempenhá-la sozinho não constitui opção.

5- Criatividade:

Embora cada célula tenha um conjunto de funções únicas (as células do fígado, por exemplo, podem desempenhar cinqüenta tarefas diferentes), estas conjugam-se de formas criativas. Uma pessoa pode digerir alimentos que nunca comeu antes, ter pensamentos que nunca lhe ocorreram, dançar de uma forma que nunca antes se viu. Agarrar-se a um velho comportamento não constitui opção.

6- Ser:

As células obedecem ao ciclo universal de repouso e atividade. Embora este ciclo se expresse de muitas formas, como as flutuações dos níveis hormonais, da pressão arterial e dos ritmos digestivos, a expressão mais óbvia é o sono. Por que razão precisamos dormir continuamente e ser um mistério para a medicina e, no entanto, surge a disfunção total se não gozarmos dos seus benefícios. No silêncio da inatividade, o futuro do corpo está em incubação. Ser obsessivamente ativo ou agressivo não constitui uma opção.

7- Eficiência:

As células funcionam com o mínimo gasto possível de energia. Por norma, uma célula armazena apenas três segundos de alimento e oxigênio dentro da sua membrana celular. Confia plenamente em que tomarão conta dela. Um consumo excessivo de alimentos, ar ou água não constitui uma opção.

8- Ligação:

Devido à sua herança genética comum, as células sabem que são fundamentalmente iguais. O fato das células do fígado serem diferentes das do coração e das células musculares serem diferentes das cerebrais, não nega a sua identidade comum e esta é imutável. Em laboratório, uma célula muscular pode ser transformada geneticamente numa célula cardíaca recorrendo à sua fonte comum. As células saudáveis permanecem ligadas à sua fonte independentemente do número de vezes que se dividam. Para elas, ser um proscrito não constitui uma opção.

9- Dar:

A atividade primária das células é dar, o que mantém a integridade de todas as outras células. Um empenhamento total em dar torna automático o receber - e a outra metade do ciclo natural. O açambarcamento não constitui uma opção.

10- Imortalidade:

As células reproduzem-se para transmitirem os seus conhecimentos, experiência e talentos, não escondendo nada dos seus descendentes. É um tipo de imortalidade prática, submetendo-se à morte, no plano físico, mas derrotando-a, no plano não físico. O fosso entre as gerações não constitui uma opção.

Quando olho para tudo o que as minhas células aceitaram, será que não se trata de um pacto espiritual, em todos os sentidos da expressão? A primeira qualidade, procurar um objetivo mais elevado, é a mesma que as qualidades espirituais de renúncia e altruísmo.

Dar é o mesmo que devolver a Deus o que é de Deus. Imortalidade é o mesmo que a crença na vida depois da morte.
Todavia, os rótulos adaptados pela mente não constituem uma preocupação do meu corpo.

Para o meu corpo, estas qualidades são pura e simplesmente o modo como funciona a vida. São o resultado da expressão da inteligência cósmica, ao longo de bilhões de anos, como biologia. O mistério da vida foi paciente e cuidadoso no processo de permitir que emergisse todo o seu potencial. Mesmo agora, o acordo tácito que mantém o meu corpo coeso produz a sensação de um segredo porque, segundo todas as aparências, esse acordo não existe.

Mais de duzentos e cinqüenta tipos de células desempenham as suas funções diárias: as cinqüenta funções que uma célula hepática desempenha são totalmente únicas, não se sobrepondo às funções das células musculares, renais, cardíacas ou cerebrais - todavia, seria catastrófico se uma só dessas funções estivesse comprometida.

O mistério da vida encontrou uma forma de se expressar perfeitamente através de mim.

Reveja uma vez mais a lista das qualidades e preste atenção a tudo o que é referido como "não constituindo uma opção":  egoísmo, recusa em comunicar, viver como um proscrito, consumo excessivo, atividade obsessiva e agressão.

Se as nossas células não se comportam desta forma, porque o fazemos?

Porque é que a ganância é boa para nós e, no entanto, significa a destruição, ao nível das nossas células, onde a ganância é o erro cometido pelas células cancerosas?

Porque permitimos que o consumo excessivo conduza a uma obesidade epidérmica, quando as nossas células medem ao nível da molécula o combustível que consumimos?

Como pessoas, ainda não renunciamos ao comportamento que mataria os nossos corpos num dia. Estamos traindo a nossa sabedoria corporal e, o que é pior, estamos ignorando o modelo de uma vida perfeita que existe dentro de nós.”

Fonte: O livro dos Segredos, Deepak Chopra, 2005 -  www.chopra.com   

domingo, julho 10, 2011

Saúde Mental



Texto de Rubem Alves... para refletir.


Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico.

Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se.

Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, bastar fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.

Pensar é uma coisa muito perigosa... Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse estresse ou depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.
Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente "equipamento duro", e a outra denomina-se software, "equipamento macio". O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito.

O software é constituído por entidades "espirituais" - símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes.
Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", sendo que o programa mais importante é a linguagem.

Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos, somente símbolos podem entrar dentro dele.

Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos. Por isso, quem trata das perturbações do software humano nunca se vale de recursos físicos para tal. Suas ferramentas são palavras, e eles podem ser poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas.

Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco? Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção! Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: a música que saía de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou.

Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, saúde mental até o fim dos seus dias. Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música. Brahms e Mahler são especialmente contra-indicados. Já o rock pode ser tomado à vontade.

Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.

Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram.



sábado, junho 04, 2011

Você tem problemas para dormir?



Não conseguir dormir, acordar várias vezes no meio da noite, ficar rolando de um lado para o outro sem encontrar uma posição confortável, levantar às 3 da madrugada para ver televisão... quantas vezes você já ouviu essa história ? Se não acontece com você, já aconteceu com alguém que você conhece.

Essa é uma situação mais comum do que você possa imaginar. Tenho ouvido muitas reclamações a respeito. A pessoa se sente frustrada e incapaz de viver a vida com alegria.

Um sono tranqüilo, de 7 a 8 horas por noite, é muito mais do que a necessidade de descanso físico e mental. Enquanto você está dormindo, seu corpo está trabalhando, importantes hormônios estão sendo liberados e alguns processos metabólicos estão ocorrendo. O desequilíbrio no sono pode afetar todo o organismo, provocar cansaço, irritabilidade, raciocínio lento, falta de energia, envelhecimento precoce, enfraquecimento do sistema imunológico e outros desequilíbrios físicos e mentais mais sérios.

Pesquisas demonstram que existem algumas razões para a dificuldade de dormir:

- preocupação
- problemas financeiros
- stress
- traumas emocionais
- sentimento de culpa

Mas muitos outros fatores podem  ainda ser encontrados, quando se trata de problemas com o sono.

A indústria farmacêutica tem uma vasta lista de medicamentos capazes de fazer com que você tenha o sono dos anjos todas as noites. Mas será que isso é suficiente ? E por quanto tempo você terá que tomar estes medicamentos ? E a dosagem, será que sempre será a mesma ou terá que ser reavaliada a cada momento ?

Alguns conselhos para poder dormir melhor podem ser:

- não coma alimentos pesados antes de dormir
- coma pouco
- evite bebidas que contém cafeína após às 17 horas
- evite dormir com TV ligada ou música no quarto
- procure dormir com todas as luzes apagadas
- mantenha seu quarto sempre limpo, organizado e confortável
- utilize óleos essenciais para aromatizá-lo
- tome um banho quente antes de dormir

A EFT é muito eficaz neste caso. Pode ser feito antes de dormir por várias vezes.

- Lateral da mão: 3 vezes – apesar de não conseguir dormir bem a noite toda, eu me amo e me aprovo profunda e completamente.
- Topo da cabeça: eu não consigo dormir
- Início da sobrancelha: tenho muita dificuldade em pegar no sono
- Canto do olho: fico rolando na cama e não consigo dormir
- Embaixo do olho: tenho muita dificuldade para dormir
- Embaixo do nariz: me sinto mal pela manhã por não dormir bem a noite
- Embaixo da boca: tenho muita dificuldade para dormir
- Clavícula: não consigo dormir durante a noite inteira
- Embaixo do braço: acordo várias vezes durante a noite

Lembre-se de que as frases podem ser alteradas de acordo com o seu problema. Se conseguir descobrir o motivo pelo qual você não consegue dormir, faça EFT para este problema. Assim, eliminando-o, você eliminará a dificuldade em dormir.

Tenha uma boa noite!  





sexta-feira, maio 20, 2011

Concurso TOP BLOG 2011



Olá amigos!

Novamente conto com o apoio de vocês na participação do TOP BLOG 2011.

Para votar, basta CLICAR AQUI ou no selo azul na barra lateral e seguir as instruções do site.

Obrigada!!!










sexta-feira, abril 15, 2011

Você sente pena? O que há por trás deste sentimento


Não é preciso procurar muito para encontrar alguém que esteja passando por um de sofrimento. Quanto mais próximo, maior a nossa tendência em sentir pena e sofrer junto com a criatura. Há também aqueles que sentem pena de tudo e todos, até mesmo de pessoas que vêem na televisão, nas ruas ou de outras que apenas ouviram falar através de um amigo. Parece algo natural: se eu vejo alguém sofrendo, sinto-me mal com aquele sofrimento e assim tento ajudar. Se consigo ajudar sinto um certo alívio. Se não consigo ou não tenho a possibilidade, além da pena, surge também o sentimento de impotência.

Mas o que verdadeiramente está por trás do sentimento de pena de forma inconsciente? Respondo. A culpa em estar em uma situação melhor, por não carregar aquele problema que o outro carrega. Em resumo, é a culpa em ser feliz. Como posso me sentir bem se tal pessoa (filho, pai, mãe, amigo, parente, criança de rua, população de tal país...) está sofrendo? Como não nos permitimos nos sentir bem quando outras pessoas estão sofrendo (e sempre tem gente sofrendo), criamos então um sofrimento para nós mesmos: culpa e pena.

A partir desses sentimentos, criaremos ainda mais situações nas nossas vidas para nos igualarmos aos outros. Obviamente, fazemos isso na maior parte da vezes de forma inconsciente. Vou explicar melhor como isso funciona.

Vamos supor alguém que tem uma situação financeira razoável e que sente muita pena quando vê um conhecido em situação difícil. Essa pessoa poderá usar vários mecanismos para aliviar esse sentimento. Talvez ela empreste ou doe dinheiro a pessoa. Tem pessoas que vivem perdendo dinheiro dessa forma: emprestando para pessoas em dificuldades que acabam não pagando. Muitas amizades já se acabaram por isso. A pessoa pode até ficar com raiva do devedor, mas em um nível mais profundo, ela desejou perder aquele dinheiro, houve um ganho inconsciente do alívio da culpa.

Mas caso essa pessoa não possa ajudar todo mundo, afinal de contas, tem muita gente sofrendo com a pobreza e é impossível ajudar a todos, uma forma de aliviar esse desconforto é causar sofrimento a si mesma. A pessoa acaba criando situações financeiras difíceis pra sua própria vida.

Inconscientemente, quando sentimos pena das pessoas pobres é como se quiséssemos também ficar na mesma situação delas para assim aliviar a culpa em ter uma vida melhor, já que não conseguimos tirá-las da pobreza.

Pode parecer irracional, absurdo, mas o inconsciente é assim mesmo. Se você for pobre como eles, então, não há razão para se sentir culpado. Talvez você até pense que seria bom que tudo mundo saísse da pobreza, mas como não é essa realidade atual e muitos acham que não é possível que todos tenham uma vida próspera (o pensamento de que só tem pobre porque tem rico e etc...), é mais fácil sabotar o próprio crescimento financeiro e ficar numa pior para se sentir aliviado por um lado.

O cúmulo dessa sabotagem é quando a pessoa perde ou doa tudo e vira mendigo. Ela não ajudou a resolver a pobreza, mas agora não sente mais culpa, e passou a ser parte do problema. Outras pessoas agora sentirão pena e culpa ao vê-la.


Esses mecanismos sabotadores acontecem de outras formas. Uma mulher que seja muito bonita pode ser sentir mal ao ser elogiada na frente de outras que sejam, vamos assim dizer, menos favorecidas esteticamente, e acaba não se cuidando tanto ou se escondendo. Um filho de uma mãe depressiva se sabota e não se permite ser feliz, pois inconscientemente sente que não seria justo já que sua mãe sofre. Isso é comum demais, e está sempre presente em algum nível nas famílias, principalmente naquelas com depressão e outros tipos de sofrimento mais intensos.

Os familiares tendem a sofrer uns com os outros como uma forma de solidariedade doentia. Assim, o filho cria uma vida difícil, entra em relacionamentos que causam sofrimento, não busca um trabalho terapêutico para se ajudar, e quando busca e começa a melhorar... muitas vezes larga o tratamento para se sabotar e não ficar mais feliz. No consultório enquanto aplico EFT é muito fácil detectar esses padrões.

No nível racional, desejamos nos libertar do sofrimento e ajudar nossos amigos e a família. No entanto, ao sentir pena e culpa, alem de nos causar sofrimento, nossa tendência será tomar atitudes que vão ajudar a manter padrões negativos das pessoas. Atrapalhamos o crescimento alheio ao invés de ajudar. É o caso dos pais que ajudam o filho de forma ilimitada por sentir pena e não querer que ele sofra. O filho pode ser tornar inseguro, ou vira um inconsequente. Ao sentir pena da mãe em depressão, os filhos cedem aos mais variados tipos de chantagem emocional (direta ou indireta) e alimentam o vitimismo e a depressão dela. Quando estamos envolvidos nessas situações, é muito difícil enxergar tudo isso.

Outras situações comuns onde ocorre a "tabelinha" culpa/pena que ajudam a manter os padrões negativos: casos de doenças graves, alcoolismo, dependência de droga, obesidade e etc... Em resumo, quando sentimos pena, estamos, na verdade, é nos sentindo culpados e desejando inconscientemente sofrer junto com as pessoas. Além disso, esses sentimentos nos levam a agir de forma a incentivar outras pessoas a se manterem em um padrão negativo, mas pensamos que estamos ajudando.

O que fazer? Devemos nos tornar pessoas frias e insensíveis? Muitos pensam que, se a pessoa não sente pena, ela é egoísta, uma pessoa má. É mais um equívoco do ego que está sempre buscando formas de justificar a necessidade de sofrer. Permitir a si mesmo ser feliz e estar em paz não é ser insensível, pelo contrário. Ajudamos mais quando somos mais felizes, assim, não cairemos nos mecanismos sabotadores de alimentar o padrão negativo dos outros.

É muito importante aplicar EFT para dissolver os sentimentos de culpa e pena. Sempre que detecto isso nos clientes, começo a aplicar a técnica para limpar essas emoções. Quando fazemos isso, muito da auto-sabotagem inconsciente que a pessoa vinha praticando desaparece. A mulher bonita passa a gostar de se arrumar e aparecer sem constrangimento. Os pais conseguem dizer não e impor limites, entendendo que o sofrimento do filho faz parte do seu crescimento. O filho que tem a mãe depressiva se permite ser feliz e deixa de cair na chantagem emocional que alimenta o vitimismo. Deixamos de entrar em enrascadas financeiras e começamos a prosperar.

Texto: André Lima
www.eftbr.com.br

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