quinta-feira, maio 16, 2013

Escolhas



Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer
 antes que o relógio marque meia noite.

É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo 
ou agradecer às águas por lavarem a poluição.

Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para
administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou
posso ser grato por ter nascido.

Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter um trabalho.

Posso sentir tédio com o trabalho doméstico 
ou agradecer a Deus pela oportunidade da experiência.

Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar 
com a possibilidade de fazer novas amizades.

Se as coisas não saíram como planejei, posso gastar os minutos a me lamentar
ou ficar feliz por ter o dia de hoje para recomeçar.

O dia está na minha frente esperando para ser vivido 
da maneira que eu quiser.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma às idéias 
e utilidade às horas.

Tudo depende só de mim.

Charles Chaplin

sexta-feira, maio 10, 2013

22 coisas que pessoas felizes fazem diferente


Existem dois tipos de pessoas no mundo: aquelas que escolhem ser felizes e aquelas que optam por ser infelizes. Ao contrário da crença popular, a felicidade não vem de fama, fortuna, de outras pessoas ou bens materiais. Ela vem de dentro. A pessoa mais rica do mundo pode ser miseravelmente infeliz, enquanto uma pessoa sem-teto pode estar sorrindo e contente com a sua vida. As pessoas felizes são felizes porque se fazem felizes. Elas mantêm uma visão positiva da vida e permanecem em paz com elas mesmas.

A questão é: como elas fazem isso?

É muito simples. As pessoas felizes têm bons hábitos que melhoram suas vidas. Elas fazem as coisas de forma diferente. Pergunte a qualquer pessoa feliz e ela vai te dizer que:

1.    Não guarde rancor.

As pessoas felizes entendem que é melhor perdoar e esquecer, do que deixar seus sentimentos negativos dominarem seus sentimentos positivos. Guardar rancor tem um monte de efeitos prejudiciais sobre o seu bem-estar, incluindo aumento da depressão, ansiedade e estresse. Por que deixar alguém que o ofendeu ter poder sobre você? Se você esquecer os seus rancores, vai ganhar uma consciência clara e energia suficiente para apreciar as coisas boas da vida.

2.    Trate a todos com bondade.

Você sabia que foi cientificamente provado que ser gentil faz você feliz? Toda vez que você realizar um ato altruísta, seu cérebro produz serotonina, um hormônio que facilita a tensão e eleva o seu espírito. Não só isso, mas tratar as pessoas com amor, dignidade e respeito, também permite que você construa relacionamentos mais fortes.

3.    Veja os problemas como desafios.

A palavra “problema” não faz parte do vocabulário de uma pessoa feliz. Um problema é visto como uma desvantagem, uma luta ou uma situação instável, quando um desafio é visto como algo positivo, como uma oportunidade, uma tarefa. Sempre que você enfrentar um obstáculo, tente olhar para isso como um desafio.

4.    Expresse gratidão pelo que já têm.

Há um ditado popular que diz algo assim: “As pessoas mais felizes não têm o melhor de tudo, elas fazem o melhor de tudo com o que elas têm.” Você terá um sentido mais profundo de contentamento se você contar suas bênçãos em vez de ansiar para o que você não tem.

5.    Sonhe grande.

As pessoas que têm o hábito de sonhar grande são mais propensas a realizar seus objetivos do que aquelas que não o fazem. Se você se atreve a sonhar grande, sua mente vai colocar você em uma atitude focada e positiva.

6.    Não se preocupe com as pequenas coisas.

As pessoas felizes se perguntam: “Será que este problema importa daqui a um ano?” Elas entendem que a vida é muito curta para ficar preocupado com situações triviais. Deixar os problemas rolarem à sua volta vai definitivamente colocar você à vontade para desfrutar das coisas mais importantes na vida.

7.    Fale bem dos outros.

Ser bom é melhor do que ser mau. Fofocar pode ser divertido, mas geralmente deixa você se sentindo culpado e ressentido. Dizer coisas agradáveis sobre as outras pessoas o encoraja a pensar positivo, sem se preocupar em julgar as ações de outras pessoas.

8.    Não procure culpados.

As pessoas felizes não culpam os outros por seus próprios fracassos na vida. Em vez disso, elas assumem seus erros e, ao fazer isso, elas proativamente tentam mudar para melhor.

9.    Viva o presente.

As pessoas felizes não vivem no passado ou se preocupam com o futuro. Elas saboreiam o presente. Elas se deixam envolver em tudo o que está fazendo no momento. Param e cheiram as rosas
.
10.  Acorde no mesmo horário todos os dias.

Você já reparou que várias pessoas bem sucedidas tendem a ser madrugadoras? Acordar no mesmo horário todas as manhãs estabiliza o seu metabolismo, aumenta a produtividade e coloca-o em um estado calmo e centrado.

11.  Não se compare aos outros.

Todos trabalham em seu próprio ritmo, então por que se comparar com os outros? Se você acha que é melhor do que outra pessoa ganha um sentido não saudável de superioridade. Se você acha que alguém é melhor do que você acaba se sentindo mal sobre si mesmo. Você vai ser mais feliz se concentrar em seu próprio progresso.

12.  Escolha seus amigos sabiamente.

A miséria adora companhia. É por isso que é importante cercar-se de pessoas otimistas que vai incentivá-lo a atingir seus objetivos. Quanto mais energia positiva que você tem em torno de você, melhor vai se sentir.

13.  Não busque a aprovação dos outros.

As pessoas felizes não importam com o que os outros pensam delas. Elas seguem seus próprios corações, sem deixar os pessimistas desencorajá-los. Elas entendem que é impossível agradar a todos. Escute o que as pessoas têm a dizer, mas nunca busque a aprovação de ninguém.

14.  Aproveite seu tempo para ouvir.

Fale menos, ouça mais. Escutar mantém a mente aberta. Quanto mais intensamente você ouve, mais silencioso sua mente fica e mais conteúdo você absorve.

15.  Cultive relacionamentos sociais.

Uma pessoa só, é uma pessoa infeliz. As pessoas felizes entendem o quão importante é ter relações fortes e saudáveis. Sempre tenha tempo para encontrar e falar com sua família e amigos.

16.  Medite.

Ficar no silêncio ajuda você a encontrar a sua paz interior. Você não tem que ser um mestre zen para alcançar a meditação. As pessoas felizes sabem como silenciar suas mentes em qualquer lugar e a qualquer hora que elas precisam acalmar seus nervos.

17.  Coma bem.

Tudo que você come afeta diretamente a capacidade do seu corpo produzir hormônios, o que vai ditar o seu humor, energia e foco mental. Certifique-se de comer alimentos que irão manter sua mente e corpo em boa forma.

18.  Faça exercícios.

Estudos têm demonstrado que o exercício aumenta os níveis de felicidade. Exercício também aumenta a sua auto-estima e dá uma maior sensação de auto-realização.

19.  Viva com o que é realmente importante.

As pessoas felizes mantêm poucas coisas ao seu redor porque elas sabem que coisas extras em excesso as deixam sobrecarregadas e estressadas. Alguns estudos concluíram que os europeus são muito mais felizes do que os americanos, o que é interessante porque eles vivem em casas menores, dirigem carros mais simples e possuem menos itens.

20.  Diga a verdade.

Mentir corrói a sua auto-estima e faz você antipático. A verdade o libertará. Ser honesto melhora sua saúde mental e faz com que os outros tenham mais confiança em você. Seja sempre verdadeiro e nunca peça desculpas por isso.

21.  Estabeleça o controle pessoal.

As pessoas felizes têm a capacidade de escolher seus próprios destinos. Elas não deixam os outros dizerem como devem viver suas vidas. Estar no controle completo de sua própria vida traz sentimentos positivos e um grande senso de auto-estima.

22.  Aceite o que não pode ser alterado.

Depois de aceitar o fato de que a vida não é justa, você vai estar mais em paz com você mesmo. Em vez de ficar obcecado sobre como a vida é injusta, se concentre apenas no que você pode controlar e mudar para melhor.

Tradução: Chiara Fucarino
Fonte: http://successify.net/2012/10/31/22-things-happy-people-do-differently/

domingo, dezembro 30, 2012

Vamos curar o mundo em 2013!



Imagine uma célula do corpo que pensa que é um ser separado, que não faz parte do grande organismo vivo.  Essa célula olha para as doenças, toxinas e mazelas do corpo como uma criatura externa que julga tudo e não se sente como uma parte integrante daquele ser maior. Ela não entende que ela é também  aquele ser maior. E ao não se enxergar como parte do todo, a célula critica, julga, joga a culpa das mazelas em outras células e órgãos,  gerando desamor e rejeição a si mesma, o que acaba provocando mais desarmonia e doenças.

É mais ou menos assim que nos sentimos. Somos parte de um grande organismo vivo, como se fôssemos células. Só que nós somos células que tem consciência de si mesmas. Entretanto, do nosso limitado ponto de vista, temos a impressão de que somos seres individuais com mentes individuais habitando um planeta cheio de problemas com pessoas cheias de defeitos.  Na verdade, fazemos parte de um grande organismo vivo, que tem uma mente coletiva global, uma saúde global. Perdemos essa visão mais abrangente e começamos nos sentir separados do todo.

A partir dessa ilusão de separação, julgamos, criticamos e tendemos a ver a causa dos problemas da sociedade em outras pessoas, gerando ainda mais negatividade, falta de amor e desarmonia. Não percebemos que ao agirmos dessa forma estamos rejeitando a nós mesmos, pois somos uma parte indissociável do todo.

Um exemplo claro dessa ilusão de separação e julgamento, são os comentários  que vemos de pessoas revoltadas com a política. São pessoas que pensam que a "culpa" de todos os problemas são desses poucos seres que estão aparentemente comandando tudo.

Quando enxergamos de uma forma mais global, sem perder de vista que somos parte de um grande todo, percebemos que toda a corrupção e desonestidade que vemos nos comportamentos dos políticos são apenas o reflexo da desonestidade e corrupção que existe em boa parte dos seres que fazem parte da sociedade.

Uma sociedade muito corrupta, produzirá políticos muito corruptos, assim como uma sociedade mais honesta produzirá governantes mais honestos. O grau de honestidade de quem comanda as instituições será um reflexo direto do grau de honestidade da população.

Muitos dos que criticam praticam a corrupção de diversas formas em suas vidas (sonegação de impostos, suborno do guarda, se aproveitam da influencia de alguém para obter vantagens e passar na frente de outros e etc...) e fariam o mesmo se estivessem no poder. É sempre um processo coletivo.

A poluição e toda a feiúra e miséria que existem no mundo são um reflexo direto da negatividade e do nível de consciência daquela população. E esse nível de consciência global, é reflexo do somatório da negatividade e das coisas boas que existem em cada um de nós. Por isso, a única forma que temos para ajudar o todo, é curando as nossas próprias negatividades interiores. Assim nos tornamos mais saudáveis emocional e fisicamente e passamos a somar de forma positiva na coletividade.

A nossa mente individual está cheia de áreas obscuras que contém todo o tipo de negatividade: pensamentos e sentimentos que nos causam sofrimento - mágoas, medos, culpas, tristeza, raiva e etc. Temos partes saudáveis também, caso contrário, estaríamos todos completamente loucos, infelizes e doentes. Quanto mais curamos essas partes negativas que guardamos, mas nos tornamos saudáveis, felizes e em paz.

De forma análoga, a grande mente global também está perturbada e cheia de pontos obscuros com negatividade. Essas partes obscuras são o somatório da negatividade contida na mente individual de cada um de nós.

Quando eu curo qualquer negatividade que eu guardo, além de ajudar a curar a minha mente individual, eu ajudo a curar a grande mente coletiva e torno o mundo um pouco melhor, pois eu faço parte do todo.

A negatividade que nós carregamos tem também o poder de influenciar outras mentes. É como um vírus que lançamos no ar e que leva doença para outras pessoas. Quando nos curamos e nos tornamos mais felizes, temos também o poder de influenciar de forma positiva todos que estão ao nosso redor. Deixamos de fazer parte do problema e passamos a fazer parte da solução.

A violência que vemos no mundo, é fruto da raiva e outros sentimentos negativos que cada um de nós guarda. Quanto mais energia de raiva individual, maior será a energia coletiva, e ficamos mais propensos a nos tornarmos agressivos com outras pessoas pois estamos imersos em um campo.

Quando essas tensões emocionais individuais se tornam muito altas em uma grande parte da população, veremos explodir a violência de várias formas:  aumento dos índices de homicídio e violência física, aumento dos níveis de agressão psicológica, surgimento de revoltas coletivas, e, em um grau mais extremo, pode ocorrer uma guerra civil ou guerra entre países.

Pensamentos do tipo  "a paz começa comigo" ou "seja mudança que você quer ver no mundo" podem parecer clichês ou bobagem, mas expressam uma grande verdade e estão baseados na visão holística que de cada um de nós faz parte de um todo.

Um mundo mais pacífico se faz com pessoas que se sentem em paz. Um mundo mais feliz se faz com pessoas que estão mais livres da negatividade consciente e inconsciente que o ser humano carrega.

Esse texto é um convite para que possamos olhar para nós mesmos  e procurar curar o que está dentro, para assim vermos mudanças no exterior ao redor da nossa vida e depois de uma forma mais ampla na sociedade. Felizmente, temos diversas formas de curar o nosso interior através de terapias, técnicas, meditações e  práticas de todos os tipos e para os mais diversos gostos e afinidades, além de  livros de autoconhecimento e etc. Eu recomendo a prática da EFT  que é bastante simples e  e tem resultados profundos.

André Lima - www.eftbr.com.br


terça-feira, junho 26, 2012

Raiva - o que existe por trás?



Uma tarde, um velho índio Cherokee contou ao seu neto
sobre a existência de uma "batalha" que há no interior de cada pessoa.
- A batalha é entre dois lobos que vivem dentro de todos nós.
- Um deles é Mau, pois cultiva a raiva, inveja, ciúme, tristeza,
desgosto, cobiça, arrogância, ressentimento, mentira e orgulho.
- O outro é Bom, pois cultiva a alegria, fraternidade,
paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência,
simpatia, generosidade, verdade e compaixão.
O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:
- Mas qual é o lobo que vence essa luta dentro da gente?
Ao que o velho índio respondeu:
- Aquele que você alimenta...




A raiva é uma emoção que provoca efeitos bastante perceptíveis física e mentalmente.  O corpo produz uma química que imediatamente inunda a corrente sanguínea e produz diversas reações: aumento do batimento cardíaco, alteração da respiração, sensações desagradáveis no estômago, contração ou tensão nos músculos, entre outras. Além dos efeitos físicos, a energia dessa emoção gera vários tipos de pensamentos que acabam alimentando ainda mais a raiva.

Mas o que verdadeiramente está por trás desse sentimento? A princípio parecemos mais fortes e até mais capazes e maiores quando estamos com raiva, pois conseguiremos dizer e fazer coisas que normalmente não teríamos coragem. Só que na verdade esse sentimento pode estar escondendo várias de nossas inseguranças.

A raiva pode esconder o medo. Imagine uma criança que inocentemente faz algo muito perigoso, como por exemplo, soltar a mão do adulto e atravessar a rua correndo. O pai ou a mãe podem ficar loucos da vida e brigar ou mesmo bater no filho. O que na verdade a raiva está escondendo é o medo que aconteça alguma coisa de mal com filho, medo da tristeza ou culpa que isso pode causar.

A raiva de alguém pode esconder uma culpa. Imagine que tem algo que você tenha feito que o faz sentir culpado. Pode ser o abandono de um filho, ou uma injustiça contra algum amigo, algum ato desonesto, ou qualquer outra coisa. Se alguém tocar no assunto, é possível que você se defenda com raiva e agressividade ao invés de admitir seus erro e reais sentimentos. É como se você dissesse: Não toque neste assunto, pois isso me faz sentir culpado, e eu não quero sentir essa culpa, por isso eu agora fico zangado pra que você não repita mais isso!

A raiva pode esconder uma dificuldade em dizer não e impor limites. Tem pessoas que lidam bem com a questão de impor os limites e se fazer respeitar. Conseguem perfeitamente dizer aos outros quando estão cansadas e precisam ir embora, que não é permitido que se faça tal coisa em suas casas, ou ainda que não podem dar aquela carona solicitada pelo amigo. Ou seja, conseguem de forma tranquila, colocar os limites adequados, o que torna suas relações mais saudáveis.

Já outras pessoas tem grande dificuldade. E a cada limite que não é dado, acumulam um ressentimento. Cada vez que fazem algo contra sua própria vontade, podem até parecer exteriormente tranquilas, mas por dentro a raiva e mágoa estão se acumulando. A cada "sapo" que engolem, aumenta a sua inquietação interior. Até que chega num  determinado momento que é a gota d'água. A raiva se torna tão grande que supera o medo de colocar limites. Aí sua reação é intensa, agressiva, e é possível que venha a falar tudo que não falou até aquele momento. 

A raiva pode esconder uma necessidade de manipular o outro. Uma filha que se sente culpada quando sua mãe fica com raiva estará bastante suscetível a fazer o que esta mãe quer, e não a sua própria vontade. Pode se estabelecer um grande jogo de culpa e manipulação recheado de ressentimentos que as vezes perdura a vida inteira.

Raiva de alguém que não nos perdoou, esconde que ainda não nos perdoamos. Às vezes estamos com raiva de alguém por que essa pessoa não nos perdoou por algo que fizemos e já assumimos o erro e nos desculpamos.  Na verdade, nós é que ainda não nos perdoamos. Estamos contando que o outro nos perdoe para que possamos finalmente nos perdoar. É como se o outro fosse o detentor do poder de nos devolver a paz interior. Ficamos então com raiva da pessoa por que ela não nos libera. Mas é claro que podemos nos liberar, mesmo que o outro ainda tenha mágoa. Como não conseguimos ver dessa maneira, sofremos.

A raiva pode esconder a necessidade de reconhecimento. Fazemos muitas coisas esperando algum tipo de reconhecimento. A princípio dizemos que não necessitamos de nada disso. Mas quando o reconhecimento não vem, sentimos raiva das pessoas.

Outras vezes, alguém fez algo que não gostamos. A raiva surge como uma forma de tentar fazer com o outro se sinta culpado, reconheça o que nos fez, nos peça desculpas e diga o quanto foi injusto.

A raiva pode esconder um sentimento de rejeição. Pessoas que foram abandonadas, seja pelos pais, parceiros ou outras figuras importantes, sentem-se rejeitadas. A rejeição é muito incômoda por que normalmente achamos, consciente ou inconscientemente, que temos algo de muito errado, que não somos dignos de receber amor. Essa dor pode ser mascarada e tudo que demonstramos é a nossa mágoa, raiva e desprezo por aquele que nos abandonou. É como se disséssemos: "Você me rejeitou e me fez sentir que não tenho valor algum, eu não quero entrar em contato com esse sentimento, não sei lidar com ele. Prefiro demonstrar que tenho raiva de você, provar que você é injusto, ingrato; que é uma má pessoa!”.

A raiva pode esconder o sentimento de impotência ou uma não aceitação do momento presente. Aconteceu algo e não há absolutamente o que fazer naquele momento. O carro quebrou e você está com muita pressa. O funcionário perdeu um documento muito importante. A empresa aérea lhe vendeu um bilhete, mas não tinha vaga no avião. Está chovendo muito no feriado e você havia planejado ir à praia.

A raiva dos outros pode esconder a raiva que você sente de você mesmo.  Fizemos algo teoricamente contra a nossa vontade por que alguém pediu. Na realidade, fizemos porque queremos ser aceitos e temos medo da rejeição. Aí ficamos com raiva da pessoa, talvez achando que ela é uma exploradora e que somos sua vítima. Analisando mais profundamente, na verdade estamos com raiva de nós mesmos por termos feito algo que não queríamos; raiva por não termos sido capaz de dizer um simples não, raiva de sermos tão dependentes.

Existem inúmeras outras nuances que a raiva pode estar apenas mascarando. Poderia listar aqui muitas outras delas. Normalmente, ela vai esconder uma mistura de vários sentimentos. Quando estamos aplicando EFT e começamos a dissolver a raiva de uma determinada situação, a verdade vai surgindo. Os sentimentos de culpa, medo, frustração, necessidade de reconhecimento e outros vão brotando a cada rodada. É um processo natural, os insights vão surgindo. Continuando a aplicação da EFT, vamos também dissolvendo tudo que está por trás da raiva, até se chegar em um estado completo de absoluta paz interior, sem que seja preciso mudar nenhuma circunstância exterior.

Mascaramos nossas fragilidades. Sentindo-se fraco, o ego se esconde atrás de uma aparente capa de força e agressividade, para assustar, manipular os outros ou as situações da vida. É como alguns animais pequenos e inofensivos fazem na natureza. Quando estão acuados, tem uns que inflam o papo, se arrepiam, abrem as asas ou um leque de penas. Tudo para parecer maior e mais forte.

Texto escrito por André Lima
www.eftbr.com.br

sexta-feira, junho 08, 2012

Outono, inverno, primavera, verão.... ciclos da vida




Outono

Passados o calor e a empolgação do verão e a fase de transição do verão tardio, estamos agora no outono. Estação fria que antecede o inverno, tempo do frio maior e da hibernação.

O outono é o pequeno Yin e o inverno é o grande Yin.  O movimento agora é descendente, as folhas e as frutas caem, os animais e os homens procuram abrigo. Os dias tornam-se mais curtos e as noites longas. Tradicionalmente é um tempo de secura. 

Outono é a época da colheita, de todos os frutos, dos bons e dos maus, dos que plantamos ou dos que brotaram por conta própria, numa terra que ficou largada, sem cultivos.  Tempo de boas safras, de frutos doces, de ervas daninhas, de sementes estragadas. É hora de lidar com tudo isso. Selecionar, guardar, assimilar o que serve e descartar ou reciclar o que não nos serve mais. 

Na escola chinesa dos cinco elementos, o outono está relacionado ao elemento metal, que nasce da concentração e da deposição do elemento terra. Então falamos que o fogo, com suas cinzas, gera a terra; a terra, em suas profundezas, gera o metal; o metal se liquefaz e gera a água; a água irriga e gera a madeira; a madeira se incendeia e gera o fogo... A ordem é assimilar o essencial e descartar o inútil.

Metal representa tudo o que é puro, robusto e valioso. Representa em nós a eterna colheita. Representa, ainda, os recursos energéticos, as riquezas da natureza e do próprio organismo humano. Metal representa, também, tudo o que está relacionado à tecnologia e aos meios de transporte e de comunicação. A atual era da informação e da comunicação não existiria sem o metal e sem a necessidade humana de estabelecer contatos e trocas.

No organismo, metal está vinculado aos órgãos pulmão e intestino grosso. O pulmão é um órgão aéreo, cujo inicio de funcionamento marca a nossa chegada ao planeta e cujo final marca a nossa partida. Ao nascermos saímos do escuro meio líquido materno e vimos à luz. Começamos a viver de forma autônoma com o primeiro ar inspirado. Esse é o primeiro movimento de “por o mundo para dentro”, de estabelecer a primeira troca. Ao fim da vida, ao dar a última expirada, o corpo separa-se do que o anima (“alma”) e volta ao meio escuro da terra.

Dizem até que já nascemos com um número pré-determinado de respirações a fazer durante a vida e que, se  respirarmos de forma lenta e profunda,  demoraremos mais a
gastar esta cota e assim viveremos mais. A medicina chinesa ensina que o pulmão abriga a alma corpórea, que é parte de nosso psiquismo e da emoção que nos acompanha durante a vida, enquanto respirarmos, que se liga aos órgãos dos sentidos, às sensações físicas de dor, prazer, controle dos esfíncteres.

A pele, nossa fronteira de contato com o mundo externo, e as mucosas, que funcionam como uma pele interna, revestindo órgãos e vísceras também estão estreitamente relacionada ao pulmão, ao intestino grosso e à alma etérea.

Todos respiramos o mesmo ar e isso nos põe em íntimo contato. Ar velho deve ser descartado, ar novo deve ser inspirado sempre. Ar é o nosso alimento físico mais essencial e sem o qual não vivemos mais do que pouquíssimos minutos. Tal como o ar sujo, as vivências passadas devem ser liberadas e desapegadas através de uma perfeita função pulmonar.  A ligação exagerada ao passado inibe e desvitaliza o pulmão, constrange a alma corpórea, deprime e angustia todo o conjunto corpo-mente. 

Podemos ficar presos ao passado por duas maneiras básicas e opostas: pela cobiça ou pela aversão. A cobiça nos liga ao passado que foi bom, ao qual nos ligamos através dos sentimentos de perda, saudade e tristeza porque não o temos mais. Para esse mal a cura é a gratidão. Ser grato, agradecer à vida, a Deus, ao destino por ter tido aquela oportunidade ou por ter conhecido aquela pessoa. A gratidão fecha a conta aberta e nos liga novamente ao presente, no qual vive o mundo real.

A aversão nos liga ao passado que foi ruim, ao qual ficamos presos pelos sentimentos de mágoa, humilhação, arrependimento, culpa e remorso. Para essa ligação o remédio é o perdão. O des-culpar, livrar a culpa, de si mesmo e dos outros. Entender o ocorrido, aprender com os erros, lavar as nódoas da mágoa e do arrependimento e ser feliz, aqui e agora, respirando o ar puro e renovado. 

São inúmeras as escolas de crescimento humano e de saúde que se utilizam da respiração e enfatizam sua importância para a saúde física, mental, emocional e espiritual. Atividade física aeróbica, exercícios do Yoga, psicoterapias que utilizam técnicas respiratórias, tais como bioenergética e renascimento, diversos estilos de meditação, etc. Pela ativação e liberação da alma corpórea, liberamos todo o ser.

O intestino grosso lida com o meio externo mais no sentido físico, eliminando os resíduos do processo digestivo que não servem mais. Em primeiro lugar, não façamos de nossos intestinos uma lata de lixo, um esgoto apodrecido. Uma alimentação sã, com ênfase nos vegetais e nas fibras, bem balanceada em crus, cozidos e líquidos, com ritmo regular e quantidade moderada, pobre em alimentos industrializados e refinados e bem mastigada são essenciais para uma boa saúde intestinal.

A prisão de ventre está muito ligada à falta de fibras, de líquidos, ao sedentarismo. No plano psíquico guardar fezes corresponde ao apego às coisas materiais, como aquelas pessoas que guardam um monte de coisas que não usam mais, achando que um dia vão precisar. A diarreia está relacionada à incapacidade do organismo de preservar seus recursos naturais. Nesse caso, falta um espírito previdente e controlado e gasta-se mais do que se ganha.

Outono é uma ótima época para o exercício físico e respiratório, para a limpeza da casa e reciclagem das velhas emoções e dos velhos e inúteis objetos. É a hora de separar o “joio do trigo”, descansar mais e preservar o calor orgânico. Morrer a cada noite e renascer a cada manhã.

Hélio Pedrosa
professor e mestre de acupuntura e terapias orientais
(recebido por e-mail)






SKYPE ME

My status